sexta-feira, 2 de julho de 2010

TELECINESIA - a mente movimentando objetos


Muitas das vezes que nos deparamos com o assunto, dois pensamentos logo se disfarçam de verdade imutável: coisa do demônio ou fraude. O primeiro explica tudo que é inexplicável e o segundo acusa tudo que não se sabe explicar. Ou se nega em nome da ciência ou se dá o crédito ao sobrenatural.

Mas como a ciência precisa de provas para comprovar algo, vamos continuar discutindo o assunto de forma científica, e deixar o sobrenatural com a série de TV (que por sinal é muito boa).

As primeiras experiências realizadas para comprovação (ou não) da telecinesia foi com o famosíssimo "quem", Daniel Dunglas Home. As primeiras experiências realizadas com Home datam entre 1867 e 1868, dirigidas pelo Visconde Adare em sua humilde residência. Acontecia de tudo naquela casa, a mesa levitada, a luz tremulava, uma mesa pousava em cima da outra, uma doidera só, que seria motivo pra muito gente sair correndo do recinto. Levando-se em consideração os anos de estudo do Visconde sobre truques de magia, e por ser já "macaco velho" no assunto, constatou que não havia fraude.

Trocando em meio-termos, pode o inconciente fraudular mais do que o próprio consciente, tornando essa fraude parapsicológica mais incompreensível do que a própria telecinesia? Bem, além da discussão se é fraude ou não, vem outra: a telecinesia é algo controlado pela mente, pelo inconsciente, ou os telecinéticos recebem uma mãozinha do outro mundo? Contra as fraudes, o argumento de quem presenciou (me refiro a pessoas especializadas em fraudes) é de que seriam necessários aparelho e conhecimentos mágicos mais "parapsicológicos" do que a própria telecinesia.

Observa-se também que muito dos investigadores, que eram antes céticos declarados, e até adversários quase fanáticos do assunto, acabaram considerando em favor da realidade da telecinesia.

EXEMPLO DE TELECINESIA:

(...)" Na sessão de 5 de setembro de1922, às 8:30 horas, participaram o Dr. Eric Becher, professor de filosofia da Universidade de Munich e o assistente do Prof Becher, e professor particular, Dr Huber, a especialista em doenças nervosas Dra. Lebretch; o general Peter, o desenhista Kaiser, o chefe da sessão Schrenck-Notzing o médium Willy Schneider.
Uma vitrola, a qual já se tinha dado corda, estava sobre uma mesa, exatamente a uma distância de um metro e dez centímetros do ombro direito do médium, por fora de uma gaiola de gaze que o envolvia.
Depois de meia hora de esforço por parte de Schrenk, ouve-se o barulho dos aparelhos de comando da vitrola e a música inunda a sala sem que ninguém, por vias normais, tivesse tocado o aparelho.
Quando uma vez Schrenck-Notzing se interpôs por engano entre a vitrola e o médium, este encolheu-se bruscamente como se estivesse sentindo uma grande dor."

Parece evidente que Schrenk batera contra a telergia ou ectoplasma, que o médium exteriorizava para produzir a telecinesia. Concluiu-se por fantástico demais pretender que, durante anos e depois de inúmeras investigações, fossem enganados por fraudes sistemáticas todos esses cientistas de tal categoria, como foi garantido pelos tantos no "Manifesto dos Trinta e Quatro", onde, homens da ciência e de reconhecidos méritos, assinaram um documento famoso, que se não fosse o preconceito, deveria ter sido definitivo na questão

ANÁLISE:

Não tem por que acreditarmos que a telecinesia não é algo real apenas por um preconceito alimentado pelo ceticismo ou por padrões religiosos. Pode não se tratar de movimento feito a distância (tele), mas sim, do movimento efetuado pelo contato da telergia (ectoplasma), sendo este contato, um contato parapsicológico. Os autores que negam a existência da telecinesia, argumentando haver algum modo de contato, apenas desviam o tema para uma discussão de meras nomenclaturas. A telergia é uma força fisica, portanto, com peso, massa e estrutura; uma força mais ou menos densa, mais ou menos perceptível, mas sempre material. Um fenômeno que se realiza mediante uma força psíquica, não-física, não material. Muitos estudiosos levam o assunto à explicações paranormais, afastando a compreensão do inconsciente como talentoso para com a hiperistesia direta ou indireta do pensamento, deixando tudo a cargo das forças do espírito. O inconsciente ainda é uma ilha em edição e quase que inabitável para nosso entendimento. E tudo que escapa ao nosso entendimento, amassamos e jogamos pela janela, por não conseguirmos resolver a equação que nos perturba. O homem tem sede por conhecimento, e a não-resolução de seus problemas, sejam matemáticos, físicos ou pessoais, deixam-no a beira da loucura, o que pode ser, ao meu ver, uma rendição do consciente ao inconsciente, ao fabricador de sonhos inimagináveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário